quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Fazer o que?

E mais uma vez ela cansou. Cansou de esperar, esperar uma mensagem, uma ligação, um carro buzinar na frente de casa. Ela cansou de viver esperando, algo que não viria. Mas quantas vezes ela tinha cansado, e no final voltava a fazer tudo igual, a esperar, a desejar.
Mas tinham coisas que faziam ela lembrar como isso era bom. Que o friozinho na barriga, enquanto a mensagem não chega, o telefone não toca, o carro não buzina, era delicioso. Que se ver  depois de meses ou até, só depois de algumas horas, pra matar a saudades, era muito bom. Que um carinho, um afeto, um cafuné, era reconfortante.
E ela não conseguia abrir mão disso, por mais que tentasse. Ela se magoava, ela sofria, ela tinha raiva, as vezes queria gritar  e jogar tudo pro alto. Só que no fundo nada disso adiantava. Ela continuava cometendo os mesmos erros e esperando as mesmas coisas.
Como não querer, se ela amava mãos dadas, o cheiro dele ao beijá-la, o jeito que eles se encaixavam quando se abraçavam, a mão dele nos cabelos dela quando ela estava triste.

Ela tinha cansado, mas gostava tanto desses pequenos detalhes que não conseguia lutar contra, e continuava nesse caminho, triste e apaixonada. 
Ela tentava um escape, escrever o que sentia para se livrar da agonia de não saber o que fazer, mas os textos saiam tão confusos quanto os pensamentos dela.

...tenho dito...
Beijos

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Isso é só uma, ou duas, fases

Ela se viu, então, na dualidade, em cima do muro da vida. Chegou num impasse dificílimo de sair. Quem ela seria, quem ela queria ser e quem ela devia ser. Era um conflito de personalidade, de estilo de vida e de fase de vida. Sentia-se presa entre duas fases da vida dela e não sabia a qual lado pertencia.

Quase 22 anos nas costas e milhares de conflitos entre duas personalidades que ela precisava resolver. E o conflito era entre ser mulher, ou continuar a ser adolescente. Se sentir madura, com 22 anos, ou sempre sentir que continuava com 16/17 anos. E ela flutuava entre esses dois mundos com uma facilidade que a assustava e a entristecia. Ela ERA a dualidade que ela tanto combatia.

Ela se via dividida entre essas duas pessoas que a habitavam. Identificava-se com Sex and the City e com The Carrie Diarys, com Lola e com Capricho, com Casal Sem Vergonha e com Just Lia. Bebia Martini na festa do pijama com as amigas, e Coca-Cola no churrasco de despedida de solteira da prima. Ficava dividida entre falar de balada com as primas mais velhas e jogar vídeo-game com os primos mais novos.

Ela transitava entre essas fases com tanta facilidade que ficava tonta. As vezes ela gostava de parecer ter 16 anos, graças a cara de menininha, mas ela ansiava muito para ser tratada como adulta quando queria. E enquanto ela não saia dessa, quase, dupla personalidade, ela se divertia vendo Magic Mike tomando Toddynho.

...tenho dito...
Beeijos

domingo, 19 de maio de 2013

Que seja mais uma vez.

Já era fim de noite, e você continuava a segurar minha mão, apesar de todos os meus esforços para esconder, por vergonha, que estávamos juntos ali. E apesar de outros esforços meu, não consegui esconder que seu sorriso estava me fazendo derreter. Não consegui sair de perto de voce. E apesar dos beijos timidos, eram os melhores beijos que eu podia imaginar para aquela noite, que não reservava nada. E o pedaço da tatuagem aparecendo por baixo da roupa, só me fez querer te desvendar mais. Ver mais sorrisos envergonhados, sentir mais beijos timidos e decifrar o brilho nos seus olhos.

Menino, não faz isso comigo. Não me conquista assim, deixa o tempo falar, deixa ser natural, deixa que os olhos falem o que o coração quer dizer. Deixa assim, só não deixa acabar antes de começar. Deixa ser como o primeiro abraço, feliz, tímido, esperançoso, delicioso. E deixa também sua mão na minha, pra eu sentir seu calor e seu afeto.

Lembra, menino, que eu não consigo disfarçar o brilho nos meus olhos, quando vejo voce rindo para mim, quando você me abraça sem medo, quando fazem piadinha com a gente.

Não deixa acabar antes de começar. Não deixa que a vergonha seja maior que a vontade. Não deixa de falar e nem de sentir. Vem aqui, me abraça mais uma vez, pega na minha mão outra vez, que dessa vez o beijo não vai ser timido e o abraço vai ser cada vez mais apertado.

...tenho dito...
Beijos

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Larga disso, menina.

E eu te queria tanto do meu lado. Pra jogar conversa fora, pra trocar beijos apaixonados. Pra te olhar no fundo dos olhos e saber que eu não preciso me preocupar com nada, porque você estará lá pra segurar a barra, pra dar força e coragem. Queria tanto pegar na sua mão e sair andando, sem destino e sem motivo, apenas pra te ter aqui e poder sentir seus dedos nos meus. Queria tanto sentar e te observar fazer qualquer coisa, ler, escrever, lavar a louça do café da manhã ou me olhar.


Quero rir das suas piadas sem graças e que você ria das minhas. Quero te abraçar bem juntinho. Tão perto que eu até vou conseguir contar todas as sardinhas que você tem no nariz. Não fica com vergonha, menino, elas são seu charme. Para com isso e vem aqui, senta do meu lado pra gente ver a vida passar. Deita aqui no chão comigo e vamos contar estrelas e as historias mais engraçadas que lembrarmos. Me abraça e deixa eu deitar no seu peito e dormir, pra sonhar que tudo isso realmente aconteceu e que você esta mesmo do meu lado me fazendo carinho.

Larga disso, menino, e vem aqui ser um pouquinho meu.
Larga disso, menina, não sonha com principe encantado.
Larga disso e vai viver a realidade.
...tenho dito...

Beijos