quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Expectativas furadas

Séculos ja tinham passado desde o último desabafo. Não, apenas dois meses, que pareceram a eternidade, e não é que o desabafo continuava o mesmo: Ano lixo, ano lento, ano desnecessário. O pior ano.

E hoje 12/12/12 ela queria fugir, de tudo e todos, entrar numa bolha silenciosa e não sair nunca mais. Ela esperava que os Maias estivessem certo e que o mundo acabasse, se transformasse. Olhando para os seculos meses que se passaram, percebeu que foi sempre a mesma coisa, os mesmos problemas, as mesmas dores e decepções. Ou será que o problema era ela?

Ela tentou ser alguém melhor, fazer o bem, ser educada, prestativa, trabalhadora, boa filha, mas ao pensar nisso, era tudo uma névoa. O que foi mesmo que aconteceu em Janeiro? E há 6 meses atrás? Mês passado? Semana passada? Parecia tudo tão distante. Ela lembrava vagamente de ter dito em Janeiro: "Esse mês foi bom", mas um mês em 12 não é um ano bom. 

Já é Dezembro, então, oficialmente, ela pode declarar 2012 como O PIOR ANO DA VIDA DELA. 

Ela pode ter conhecido algumas boas pessoas, e feito bons passeios. Mas juntando tudo, dava algo em torno de 2 meses, no máximo. É, ela até tentava com todas as forças fazer 2012 parecer menos pior, mas ele não colaborou.

E ela continuava querendo fugir, gritar, chorar e explodir esse ano da vida dela. E infelizmente ela esperava que 2013 fosse melhor, ou menos pior. Mas ela sabia que a expectativa é que tinha estragado o ano dela. E que se continuasse esperando algo de 2013, ela iria se decepcionar, do mesmo jeito que se decepcionou esse ano, com coisas e pessoas.

O que restava para ela era sentar e aproveitar o fim do mundo, o fim da era, ou o fim da picada. Ela precisava respirar fundo e  esquecer esse ano e seus acontecimento.

Tchau 2012, ja vai tarde.
Vem 2013, juro não esperar nada de você.
Tchau tudo/todos que me fizeram mal. Não sentirei saudades.

...tenho dito...

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

E esse é o fim do mundo.

Parecia mesmo que o mundo estava acabando, 2012 estava sendo, mesmo, o pior ano até agora. Quase nada estava dando certo, os prazos estavam cada vez mais apertados, o tempo cada vez mais curto e a injustiça estava cada vez maior. Porque uns tinham tanto, sem fazer esforço nenhum, e alguns tão pouco, lutando muito por isso? E porque essas pessoas com tanto, faziam tanta questão de mostrar o quão legal era a vida delas?

E ela estava cansada, de ver, invejar e desejar uma vida que não era dela, que ela não tinha e que, muito provavelmente, ela não conseguiria. Mas esse não era o problema, ela não estava totalmente insatisfeita com a vida que ela levava, mas faltava muito para ser como ela queria. Ela queria mais movimento, mais envolvimento, mais momentos e mais paixões.

Mas paixões de verdade, não essa ''coisa'' que geralmente acontecia, e que não acrescentava nada, nada alem de um numero a mais na agenda do celular. Um número que ficava esquecido, que não mandava mensagens e não ligava. Não ligava nem para ela, como se ela também só fosse mais um número na agenda.

Mas, por mais que ela dissesse que não iria se envolver, ela se envolvia, imaginava mil cenas, que provavelmente nunca aconteceriam, e sofria. Sofria mais por saber que aquilo era ridículo, que ela queria viver um conto de fadas que nem ela acreditava que existia, que ela queria interpretar um papel que não existia, que aquilo não podia ser um monólogo e que ela precisava achar o outro personagem do dialogo. Mas um personagem que estava disposto a interpretar aquele papel, e não uma marionete para fazer as vontades dela, agir como ela queria, falar o que ela queria.

Mas isso não era um episódio de um seriado, ou a cena de um filme, tinha que ser real, momentos reais e envolvimento real. E no fundo ela nem sabia se aquelas pessoas que ela invejava tinham uma vida real, que essa pessoal gostava. Ou era só mais um personagem criado pra gerar inveja. Será que aquelas pessoas eram mesmo felizes? Que no fundo não desejassem o mesmo que ela, mas que não falavam? Que na frente dos outros e nas redes sociais tinham a melhor vida do mundo, mas na verdade eram infelizes?

Ela não sabia a resposta, a unica coisa que ela sabia era que estava tudo fora do lugar, tudo invertido, o começo do fim do mundo. E ela esperava que esse novo mundo que ia surgir fosse melhor que o de agora.

Acaba logo mundo  velho, pra esse novo mundo chegar logo.
Acaba logo 2012 que você foi abaixo das expectativas. 
Vem logo 2013, você esta sendo muito esperado.

...tenho dito...

terça-feira, 10 de julho de 2012

querer ≠ poder

Ela ficou encarando o bloco de notas por tanto tempo que nem lembrava mais porque, ou o que, escrever. E uma frase martelava tanto sua cabeça que ela se sentia tonta: " Mais uma canção de amor de merda e eu vou ficar doente". E ela já estava doente. Doente da cabeça e do coração.

Não aguentava mais as coisas como estavam, esse comodismo, essa impressão de não estar fazendo nada, mesmo fazendo tudo, essa necessidade de controlar, e fazer, tudo o que é proposto, sem pedir ajuda, pra tudo ficar certinho, aquele clichê " se quiser algo bem feito, faça você", e como ela se sentia inútil quando ela não estava no controle. 

E onde ela mais queria ter controle, era onde ela menos tinha. Não tinha controle de quando ele ligaria ou mandaria mensagem, não tinha controle sobre o que ele faz ou deixava de fazer, não tinha controle nem no que ela sentia, e isso era o pior. Ela tinha raiva e ao mesmo tempo queria que tudo acontecesse quando tivesse que acontecer. Ela queria dar uns bons socos nele e ao mesmo tempo dar uns bons beijos.

E ela também não tinha certeza, de nada, do que sentia e do que fazia. Não sabia se estava doente, depressiva ou só dramática. Não sabia se ria ou chorava das situações que ela vivia e/ou imaginava. 

Mas de uma coisa ela estava 100% certa. Ela queria abraços, beijos, carinhos, mãos dadas, sorrisos e sussurros. Promessas cumpridas e planos feitos. Queria um sábado chuvoso deitados no sofá da sala vendo filmes e domingos ensolarados passeando pelo Ibirapuera.

Ela queria viver e ser feliz. Ela queria voar alto sem medo da realidade a puxando para baixo.
Ela queria se apaixonar.
Queria amar.
Ser amada.
Amor....

...tenho dito...

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um café e um amor, por favor.

- Me salva desse tormento de aula. E trás um café, por favor.

Era tudo que ela mais queria, sair da sala de aula abafada e tomar um café. Se acompanhado de um cigarro, melhor ainda. Ela nem se importava se fosse em um daqueles copos de boteco.

Ela só queria fechar os olhos, enquanto a bebida queimava sua língua, como ela sabia que queimaria; e pensar, e esquecer, tudo o que acontecera.

Ela queria ser salva, mas era independente demais para pedir isso.

-Me tira dessa aula. E me trás um café, por favor

Mas pensando bem, ela não era autoritária o suficiente para mandar alguém fazer algo por ela.

-Queria tanto sair dessa aula. Me trás um café, por favor?

Ainda não era assim, ela era crescida demais para jogar indiretas.

-Estou saindo da aula. Compra um café para mim, por favor.

Ainda estava errado, ela era segura o suficiente para precisar avisar os outros de seus passos.

-Vamos tomar um café? Voce paga :)

Ela finalmente enviou a mensagem , e sorriu com a resposta:

"Claro, não queria ficar nesse tormento de aula"

Ela estava apaixonada, mas era sutil o suficiente para fazer um convite sem parecer dependente, autoritaria, infantil e insegura.

Ela era apaixonada, e era louca...






por café.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Volta, vai ter amor, ou não, mas bolo é certeza.

Sempre fui daquelas que acreditava que o dia precisava de o dobro de horas, mesmo não fazendo nada o dia todo. E agora acho que precisa do triplo.

Também sempre acreditei que mulher consegue fazer mil coisas ao mesmo tempo, e prestar atenção em todas. Hoje em dia, mal consigo por as minhas coisas em dia, uma depois da outra.

Sempre acreditei que aos 18 anos minha vida mudaria drasticamente, que eu ia fazer tudo que eu quisesse. Mas hoje, aos 20, a unica coisa que mudou foi acreditar, que aos 17, quase 18, eu não sabia de nada.

Acreditava que sábado e domingo eram suficientes para descansar da semana ''corrida''. Hoje invento desculpas para ir pra casa mais cedo, e sempre reclamo que o fim de semana tinha que ter uns 4 dias.

E mais do que tudo, acreditei em todas as juras e promessas que fizeram para mim em 2011. Hoje, por exemplo, quando nos cruzamos pelas escadas, parece que nem nos conhecemos, e eu nem ligo, agradeço por isso.

O amor acabou, mesmo, e a desconfiança esta aqui do meu lado,quente, como a xícara de chocolate e o pedaço de bolo. Pelo menos isso que eu sempre acreditei continua, que comida, principalmente doce, cura todas as magoas, toda dor, toda tristeza e todo sofrimento.

...tenho dito....
...pouco...
beijos

domingo, 1 de janeiro de 2012

Disney princess, your ass.

E chegou 2012 e eu nem pensei em voce, ooooopa, agora pensei, mas só agora. Eu estive ocupada, tomando decisões, preparando atitudes, mas nada drastico. Juro que continuarei sendo uma garota boazinha, viu Papai Noel, mas não aceitarei que tomem decisões por mim, que vivam minha vida. Esse ano é MEU e só meu, pode se sentir privilegiado, se voce fizer parte dele, de algum modo. Não acreditarei em horóscopo, búzios e tarós, na fada do dente, no homem-do-saco e no velho do rio, só no Coelhinho da Pascoa e no Papai Noel, pois eles são caras legais. Não beijarei um sapo e não acreditarei em príncipe em cavalo branco. Não aceitarei conselho de Rapunzel, Cinderela e Bella Swan, porque né? Princesinha não existe. Não vou ficar sentada, pintando a unha, esperando minha vida acontecer. Ela acontece hoje e agora e só eu posso administra-lá.
Então me da licença que eu estou indo alí viver um pouquinho.

...tenho dito...
Feliz 2012