Ela se viu, então,
na dualidade, em cima do muro da vida. Chegou num impasse dificílimo de sair.
Quem ela seria, quem ela queria ser e quem ela devia ser. Era um conflito de
personalidade, de estilo de vida e de fase de vida. Sentia-se presa entre duas
fases da vida dela e não sabia a qual lado pertencia.
Quase 22 anos nas costas e milhares de conflitos entre duas
personalidades que ela precisava resolver. E o conflito era entre ser mulher,
ou continuar a ser adolescente. Se sentir madura, com 22 anos, ou sempre sentir
que continuava com 16/17 anos. E ela flutuava entre esses dois mundos com uma
facilidade que a assustava e a entristecia. Ela ERA a dualidade que ela tanto
combatia.
Ela se via dividida entre essas duas pessoas que a habitavam.
Identificava-se com Sex and the City e com The Carrie Diarys, com Lola e com
Capricho, com Casal Sem Vergonha e com Just Lia. Bebia Martini na festa do
pijama com as amigas, e Coca-Cola no churrasco de despedida de solteira da
prima. Ficava dividida entre falar de balada com as primas mais velhas e jogar
vídeo-game com os primos mais novos.
Ela transitava entre essas fases com tanta facilidade que ficava tonta. As vezes ela gostava de parecer ter 16 anos, graças a cara de menininha, mas ela ansiava muito para ser tratada como adulta quando queria. E enquanto ela não saia dessa, quase, dupla personalidade, ela se divertia vendo Magic Mike tomando Toddynho.
Ela transitava entre essas fases com tanta facilidade que ficava tonta. As vezes ela gostava de parecer ter 16 anos, graças a cara de menininha, mas ela ansiava muito para ser tratada como adulta quando queria. E enquanto ela não saia dessa, quase, dupla personalidade, ela se divertia vendo Magic Mike tomando Toddynho.
...tenho dito...
Beeijos