segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Destino?

Tudo que ela queria era um pouco de contato humano, despretensioso, descompromissado, em um momento randômico, de alguém aleatório. Que estivesse no momento, hora e lugar certo, pelo motivo certo, ou, quem sabe, por motivo algum. Um beijo, um abraço, ou um simples roçar e entrelaçar de dedos, nada mais que isso, descomplicado. Ela queria calor, toque, sentir em seu peito, o coração do outro, acelerado, ir se acalmando, acalentado em seus braços. E a respiração do outro, então, queria sentir o ar passando por seu cabelo, já que entre eles teria uns 15 centímetros de diferença, desarrumando-os. Ela queria tudo isso, e em um momento randômico, despreparado, aconteceu. Os dedos se entrelaçaram, os braços de cruzaram, os rostos de aproximaram, e ficaram assim, os corações descompassados se acertaram, mesmo com gente envolta ficaram lá, sem se desgrudar. Era fim de semana, um domingo talvez, não tinha certeza, desmarcara do calendário. Mas esse momento não foi único, já aconteceram em outros momentos, horas e lugares aleatórios, mas com a mesma pessoa. O sentimento foi o mesmo, desligado e delicioso, porem confuso. Era o que precisava na hora que precisava, mas só. Mas uma coisa ela não podia negar, nos poucos minutos de sensações e sentimentos precisos, ela só conseguia descrever o momento como DESLUMBRANTE.

"desventuras de um coração desiludido"

ps: eu realmente gostei de usar "des" nesse post.

...tenho dito...
Beijos

2 comentários:

Anônimo disse...

Você conseguiu descrever perfeitamente como é sentir algo "rotineiro" de uma forma que pareça sempre a primeira. Pode ser que seja, pode ser que não... mas todos esses "des" são reais.
E DESLUMBRANTE também ficou o seu texto! Adorei!

Raíssa disse...

Esse anônimo aí sou eu, simplesmente esqueci de me identificar! hahahaha